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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

RPG Nacional? Onde?

Saudações Aventureiros!


Hoje venho homenagear uma grande postagem feita por um ilustre visitante desse humilde blog, o Danielfo, no seu ilustre blog, o Pensotopia, falando sobre uma coisa que, mesmo dentre os mais velhos jogadores do nosso querido hobby, ainda é um "pouco" tabu. Coloco tabu entre aspas porque não tenho dados específicos sobre o assunto, mas por comentários e conversas offline, vejo que a postagem do caro colega blogueiro esteja na razão.Vamos aos fatos:


Por que assuntos nacionais são tão pouco explorados? Por que não nos orgulhamos de nossa cultura? Isso está tão enraizado em nosso ser que, mesmo para coisas tão simples quanto música ou escrita, as coisas nacionais são negligenciadas - e até repudiadas - por nós, brasileiros. Muita coisa, como por um simplório exemplo, nossa cultura, é de muito repudiada por nossos contadores de história... salvo os que ainda estimulam nossas mentes com tal conhecimento.

O RPG, desde seus princípios, procura passar um conhecimento (ele sendo banal ou não) de um ser para vários. É como ele fosse um jornal/romance/ficção ou algo similar. Ele sendo um jogo, a qualidade de transmissão de conhecimento é percebida mais nitidamente, mas quanto ele sendo outro meio, é necessário uma maior percepção...

Enfim, eu vejo - até em minhas mesas nesses últimos 10 anos - que é mais fácil gerar uma aventura além-mar, do que uma derrotando uma iara ou um espírito-de-porco... Aí pergunto: Quem aqui está mestrando, ou mestrou, uma aventura plenamente nacional? Eu, pessoalmente, gostaria de mestrar uma, mas nunca achei um sistema, ou uma temâtica, propícia a tal ato, salvo minha primeira (é única) aventura de Desafio dos Bandeirantes há quase 15 anos atrás...

E me acerta outra pergunta: e os sistemas brasileiros? Somos uma nação tão grande quanto a Europa, por que não produzimos material suficiente para suprir tão anseio por diferenças que temos?

Quando eu lembro de sistemas nacionais, me chega na mente Defensores de Tokio,Tagmar, Desafio dos Bandeirantes, Ópera, e o Sistema Daemon - mil desculpas aos outros que esqueci - mas vendo a essência deles, só um me parece realmente brasileiro (não direi qual é, espero que os senhores vejam qual) e percebo uma verdade inconveniente: não temos desenvolvedor (designer) de RPG capacitados ou criativos o suficientes para colocar seu projeto para o mundo ver, ou pior, com contatos suficientes...

Estamos em uma nova era. Na década de 90, tivemos monopólios estruturados. Hoje, com a era internet, temos esses monopólios derrubados, onde podemos - com o contato certo ou um cartão internacional - comprar qualquer RPG acessível, mas e nosso mercado?

Onde estão nossos "engenheiros de RPG"? Onde está nossa criatividade nacional? Tudo tende para o europeu?

...


Creio que sim... infelizmente...

Boas jogadas, amigos!

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